Concordância verbal e nominal em concursos: técnicas e exemplos práticos

Aprenda técnicas infalíveis para dominar a concordância verbal e nominal em concursos públicos e garantir mais acertos nas provas.

Para quem está se preparando para concursos públicos, dominar a concordância verbal e nominal é essencial para garantir desempenho superior nas provas de Língua Portuguesa. Além de revisar as regras, use materiais de apoio avançados, como este manual de gramática para concurso público, praticando com questões de provas anteriores.

Por que a concordância é crucial em provas de Português

A concordância verbal e nominal costuma aparecer em quase todas as questões de Língua Portuguesa de bancas tradicionais, como CESPE, FCC e FGV. Erros nesse tópico podem eliminar candidatos por motivos que, muitas vezes, poderiam ser evitados com revisão e prática direcionada. A concordância nominal trata da harmonia entre substantivos e seus modificadores, enquanto a verbal exige que o verbo concorde em número e pessoa com o sujeito. Em provas, as questões podem ser apresentadas no estilo de múltipla escolha, em que alternativas apresentam erros sutis. Identificar rapidamente a falha exige leitura ativa e domínio das regras.

Além disso, o peso dado a questões de gramática varia de concurso a concurso. Em certames ligados a tribunais ou áreas jurídicas, costuma haver maior incidência de perguntas sobre concordância, regência e crase. Já em provas para áreas administrativas, o foco pode ser maior em interpretação de texto, mas as armadilhas de concordância continuam presentes. Portanto, o estudo estruturado dessa disciplina oferece vantagem competitiva.

Uma abordagem prática envolve a aplicação de técnicas de estudo comprovadas, como a revisão espaçada e a revisão ativa com flashcards. Ao combinar essas metodologias com a resolução constante de exercícios de provas anteriores, o concurseiro internaliza padrões e dribla armadilhas comuns.

Regras essenciais da concordância nominal

A concordância nominal refere-se à variação de gênero e número de adjetivos, artigos, pronomes e numerais em relação aos substantivos. É fundamental conhecer as regras básicas para eliminar alternativas incorretas em prova.

Sujeito composto e concordância nominal

Quando o substantivo é composto por mais de um núcleo, a concordância varia conforme a posição do adjetivo. Se o adjetivo vem antes dos substantivos, flexiona-se para o plural. Exemplo: “Velhas e novas tradições“. Se o adjetivo vem após o sujeito composto, pode concordar apenas com o núcleo mais próximo ou ir para o plural: “O aluno e a aluna interessados compareceram” ou “O aluno e a aluna interessado compareceram“. Em provas, as bancas costumam explorar essas duas possibilidades, exigindo atenção à posição e ao sentido.

Adjetivos e locuções adjetivas

Adjetivos podem ser simples, compostos ou locuções adjetivas. Locuções adjetivas são expressões formadas por mais de uma palavra, mas que exercem função adjetiva, como “relativo a” e “capaz de”. A concordância segue a do adjetivo simples, flexionando em número e, quando aplicável, em gênero. Exemplo: “Medidas relativas às provas foram adiadas“. Sempre questione se a locução se refere a um núcleo ou a dois, pois erros de pluralização são comuns.

Exceções e casos especiais

Algumas locuções não flexionam: “meia hora”, “muita gente”. As palavras “gente” e “multidão” são coletivos no singular, exigindo adjetivo no singular. Exemplo: “Muita gente compareceu“, não “muitas gentes”. Em provas, alternativas com esse tipo de pico de erro merecem atenção especial.

Regras essenciais da concordância verbal

A concordância verbal exige que o verbo concorde em número e pessoa com o sujeito, seja ele simples ou composto. A seguir, as principais regras e exemplos para fixação.

Pessoa e número do sujeito simples

Para sujeito simples, a regra é direta: o verbo assume número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) conforme o sujeito. Exemplo: “O estudante estuda” (3ª pessoa do singular) e “Os estudantes estudam” (3ª pessoa do plural). Atenção especial a pronomes de tratamento, que exigem 3ª pessoa: “Vossa Excelência solicita“.

Sujeito composto e flexão verbal

Quando o sujeito é composto e os núcleos estão ligados por “e”, o verbo vai para o plural: “Maria e João viajaram“. Se conectados por “ou” e houver exclusão, o verbo concorda com o núcleo mais próximo: “O diretor ou os gerentes têm autoridade“. Em caso de dúvida, faça a inversão sujeito-verbo para perceber o núcleo imediato.

Verbos impessoais e indeterminados

Há verbos que só ocorrem na 3ª pessoa do singular, como “chover” e “nevar”: “Choveu muito ontem“. Para indeterminação, usa-se o verbo na 3ª pessoa do singular com “se”: “Vive-se bem nessa cidade“. Atenção: o índice de indeterminação altera a posição do sujeito indeterminado.

Principais armadilhas em provas de concordância

Mesmo conhecendo as regras, alguns casos práticos costumam confundir candidatos. Veja os mais recorrentes.

Plurais pouco usuais

Palavras terminadas em “+ão” podem ter plurais variantes (pão-pães; cidadão-cidadãos; alemão-alemães). Erros de grafia são frequentes em provas, pois algumas exceções não seguem regra geral de adição de “-s”. Memorize as principais palavras com plural irregular para evitar pegadinhas.

Sujeito posposto ao verbo

Quando o sujeito vem após o verbo, a concordância pode causar dúvida. Exemplo: “Há muitas provas” (verbo impessoal) não flexiona. Já em “Existem diversas turmas“, o verbo flexionou porque “existir” admite sujeito posposto. Identifique sempre se o verbo admite sujeito e se é impessoal.

Particípio e voz passiva

Em locuções verbais com particípio, o particípio pode concordar com o sujeito quando acompanhado de verbo auxiliar. Exemplo: “As provas foram aplicadas ontem” (não “aplicados”). Em erros de regência e concordância passiva, a banca costuma inserir alternativas com particípio no masculino ou plural incorreto.

Técnicas efetivas para fixar concordância

Prática e revisão segmentada são indispensáveis. Aplique métodos que acelerem a memorização e o reconhecimento de padrões.

Exercícios espaçados

Use o método de revisão espaçada para revisar regras de concordância em intervalos programados. Isso fortalece a memória de longo prazo e reduz o esquecimento antes da prova. Defina flashcards com exemplos corretos e incorretos e reveja-os em ciclos diários, semanais e mensais.

Mapas mentais e quadros comparativos

Organize as regras em mapas mentais, usando cores para diferenciar concordância nominal e verbal. Quadros comparativos ajudam a visualizar rapidamente se o verbo está correto ou não. Em cada mapa, insira exemplos de provas anteriores coletados em provas anteriores, reforçando padrões de cobrança.

Resumos e flashcards

Elabore flashcards específicos para cada regra de concordância e revise em momentos livres. Um estudo breve de 5 minutos por dia já gera grande impacto. Para ampliar a retenção, utilize cores diferentes para regras nominais (azul) e verbais (verde).

Como resolver questões de concordância na prática

Além de dominar as regras, a estratégia de resolução de questões otimiza o tempo e aumenta a assertividade.

Leitura atenta do enunciado

Antes de observar as alternativas, identifique o sujeito e o predicado, marcando substantivos, verbos e adjetivos. Isso evita que detalhes passem despercebidos. Em frases complexas, divida mentalmente em orações menores.

Riscando alternativas incorretas

Elimine primeiro as opções que desrespeitam as regras básicas. Se uma alternativa tiver verbo no plural quando o sujeito é singular, risque-a imediatamente. Esse método reduz a ansiedade e acelera a escolha.

Gestão do tempo e simulados

Durante simulados, estabeleça um limite de 2 minutos por questão de gramática. Após a prova, faça análise de desempenho e registre dúvidas em um caderno, criando um ciclo contínuo de melhoria.

Para complementar o estudo, consulte materiais didáticos avançados, como este livro de gramática avançada.

Conclusão

Dominar a concordância verbal e nominal é critério determinante em muitos concursos públicos. Combine o estudo aprofundado das regras, técnicas de revisão espaçada e prática sistemática de exercícios de provas anteriores para obter resultados consistentes. Utilize mapas mentais, flashcards e simulados para fixar cada aspecto e evite armadilhas comuns. Com disciplina e método, você transformará esse tópico em vantagem competitiva e elevará seu desempenho em Língua Portuguesa.